Mea culpa!


Então o que a conteceu foi isto. O MM passou a tarde a ver o irmão mais velho e os primos a descerem a rampa da garagem em cima do skate, de bicicleta, de trotinete. Que divertidos pareciam os grandes. O MM montado na sua motorizada, de plástico, sem motor (demotorizada, portanto), ddava aos pés para trás e para diante, nunca se aventurando para perto da descida.

Mais para a hora de jantar, regressávamos nós de um longo passeio: a Mãe e o JM (em modo ciclista) à frente, o MM e o pai um bocadinho mais atrás. Por momentos (que admito tenham sido vários minutos), entrentenho-me a olhar para o telemóvel. Mea  culpa! São vícios tecnológicos... Já estão a imaginar o que aconteceu. O MM ganha coragem e desce a rampa.

E é aqui que a vida real subitamente passa em câmara lenta. A investida do MM rampa a baixo, foi composta de 2 ou três passos firmes, o quarto e o quinto foram mais tropeções que um passo propriamente dito e, muito lentamente, a mota (desmotorizada) fugiu-lhe por baixo do rabiote para cima da sua cabeça. Ao mesmo tempo, esta era projectada para a frente e para baixo, contra o cimento. Como o rapaz ia agarrado ao guiador, não protegeu a cara e foi esta serviu de travão ao despiste.

A vida real pára o modo câmara lenta e iniciam berros do infante. Acode a Mãe, acode o pai, acode o irmão mais velho. Há uma vizinha que se aproxima (na verdade mais rápido que nós) e que olha com uma ar entre a censura e a preocupação. Ainda estive para dizer «não se preocupe, eu sou médico», mas o irresponsável que tinha deixado a criança descer pela rampa era eu... Achei melhor está calado.

A Mãe pega no MM ao colo, mas ele berra ainda mais. «Bota! Bota! Bota!» Queria voltar para a mota. O MM chorava pela queda, mas achava pior ainda tirarem-lhe a mota. Incrédula a Mãe monta o rapaz no veículo. Stop berro, stop choro. Eu faço uma exame físico sumário. Escoriações ligeiras, sem dor na palpação dos membros, sem desiqulíbrio na marcha (ainda que a marcha seja em cima da desmotorizada). Reparo que ainda tenho o telemóvel na mão. Bolas! Devia ter filmado isto tudo. Mea culpa!

Na manhã seguinte continuava o nosso motoqueiro pronto para a aventura. Agora com camadas extra de creme protector solar.

E como estes episódios de vida doméstica acontecem a qualquer um. Que tal recordar estes dois posts: Cortes e esfoladelasCuidados com as cicatrizes?

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