O que damos a comer aos nossos filhos?

Tem sido bastante partilhado nas redes sociais esta reportagem da SIC Notícias, pelo que não é pela novidade que faço questão de referir aqui a Grande Reportagem Interactiva "Somos o que comemos".
É antes pela relevância do tema desta peça jornalística que é exemplar quanto à qualidade dos entrevistados (uma delas a nossa convidada-especialista Professora Carla Rêgo) e pela forma muito didáctica como o tema da obesidade infantil foi exposto. A versão online permite algumas funcionalidades interessantes, entre elas 'carregar' em textos de destaque e ver imagens com dados nutricionais importantes.

Alguns reagiram à reportagem classificando-a de alarmista, mas garanto-vos que não é. Da experiência que tenho em lidar com crianças todos os dias, tenho a perfeita noção que a alimentação das nossas crianças é cada vez mais errada e, na maioria das vezes, por ignorância dos pais. Muitos alimentos 'de plástico' são nos vendidos como 'bons para o crescimento', com 'alto valor nutritivo', etc. e os pais vão comprando enganados. Depois há os pais que deixam comer doces por que o filho é magro. «Os pais não devem ficar descansados quando o seu filho, que come muitos doces, é magro. Muitos desses meninos, que são longilíneos, têm alterações dos lípidos no sangue, têm problemas de aterosclerose. Não são gordos, mas têm alterações metabólicas. Nem tudo o que é mau se vê. Nem tudo o que é mau dói.» - palavras da Dra. Júlia Galhardo, outra das entrevistadas. Como complemento vale a pena ler a entrevista publicada na Visão.

Havemos de voltar a este tema.

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