Prematuro de 26 semanas reanimado pelo calor e a voz da Mãe

Esta história deixou-me com um nó na garganta. Nós médicos lutamos constantemente contra as estatísticas. Queremos sempre que os bebés que temos a nosso cargo não caiam nas percentagem que vêm descritas nos livros: x% de complicações nesta cirutgia, y% de lesões a longo prazo noutra, z% de morte.  Mas estas estatísticas servem de pouco aos pais. A percentagem será sempre 100%, porque trata-se do seu filho. Ao longo dos anos, tenho assitido a pais que lutam incessantemente contra essas malditas percentagens e não desistem. Esta história é de uma Mãe que não desistiu. Se ela não fizesse parte de uma publicidade da Jonhson's dificilmente acreditava. Ainda assim, confesso que esperei quase um mês para ver se aparecia algum desmentido, porque a história roça o milagre.

[fonte: independent.co.uk]

A história é comovente, porque se tratava de uma gravidez gemelar. Kate e o marido esperavam gémeos. Às 26 semanas de gestãção deu-se o parto... muito prematuro. Os médicos disseram que a menina, Emily, sobrevivera, mas que o menino, Jamie, não. Entregaram-no aos braços da Mãe, para que esta o beijasse uma primeira e última vez. A Mãe não desistiu. Colocou a sua pele contra a pele do bebé e pediu ao marido para fazer o mesmo. Abraçaram-no, falaram-lhe baixinho, de como o amavam, de como tinha uma irmã que também gostava dele e precisavam dele. De repente, o pequeno Jamie suspirou, depois mexeu, até que agarrou o dedo do pai. Como quem se agarra à Vida, este recém-nascido de poucas gramas não havia de desistir também. O pequeno Jamie continua cá para contar a história. Agarrem-se aos lenços.

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