Mas como dizia, agora parece que o sofrimento foi em vão (e felizmente que foi). No meio de alguma tormenta tentámos manter a normalidade das férias do filho mais velho. O casal amigo que se nos juntou nessa semana quente fizeram de 'pais de substituição'. (Obrigado a eles também!) Levavam o JM para praia e para a piscina. Nós, eu e a Mãe, alternávamos os cuidados ao MM, disfarçando a nossa preocupação crescente. Apesar de tudo, conseguimos passar alguns momentos muito bons com o JM, principalmente os fins de tarde na praia com um mar que mais parecia um lago, a comer bolas da praia. Mas aquele rapaz surpreende-nos sempre.
Um episódio que sinto que devo partilhar, porque eu próprio não quero esquecer, foi no Aquashow. O JM não é um miúdo birrento. Quando é contrariado (porque escolhemos a praia e não a piscina, porque não vamos para aquele escorrega, ou, como fora o caso, porque não tinha altura para entrar nos aviões com bisnagas de água), aceita a decisão e segue bem disposto para a próxima brincadeira. Na sequência desta atitude positiva, disse-lhe convictamente: « O J está a portar-se tão bem, que apetece-me dar-lhe um presente. O que poderá ser?» «Pai, eu quero comprar um carro muito grande para o M. caber lá dentro. Igual ao meu azul (o de pedais).» Eu levava-o às cavalitas , pelo que foi fácil disfarçar os olhos humedecidos.Etiquetas: conversas entre crianças, vida doméstica