Ténis ou sapatilhas

Calçar filhos pode ser mais fácil do que calçar filhas, mas apresenta os seus problemas próprios. Não sei quão generalizada é esta praga, mas noto uma certa tendência masculina para a obsessão pelo calçado entre os mais novos. Não a obsessão pela quantidade de calçado, característica tipicamente feminina, mas uma obsessão muito própria por um par de calçado em específico. 

Passo a explicar. O JM desde cedo opina sobre o que quer calçar. Era pequeno (menos de 1 ano certamente) e já chorava se a mãe lhe vestia um par de sapatilhas que não as Adidas com o Mickey oferecidas pela madrinha. O berreiro que se instalava quando nós (pai e mãe) não aceitávamos a sua vontade... Só no dia em que lhe apareceu uma bolha no dedo gordo é que cedeu a trocá-las por umas sapatilhas brancas (e Adidas) semelhantes às anteriores. 

Seguiram-se umas sapatilhas Vans pretas. Assim que percebeu que eram 'iguais às do tio Tiago', nunca mais as quis tirar. Acordava e a primeira coisa que dizia era «as sapatilhas do tio Tiago». Foram meses a usar as mesmas sapatilhas, até que surgiram na vida do JM as sapatilhas que vêem em baixo. Reparem na fusão perfeita: as clássicas Adidas gazelle fundem-se com 'homenraranha'. Podia haver melhor? Veste-as ao acordar e mal sai do banho (antes de se deitar). Até as leva num saquinho para vestir no infantário. Foi a única forma que arranjámos para o tirar de casa calçado de forma 'mais condizente', enquanto não se apaixona por outras sapatilhas menos garridas. 
[fonte: kidostore.com]

No fundo, o meu filho é perfeitamente feliz com um par de sapatilhas apenas, que usa enquanto lhe servirem. Contas feitas, o JM (por ele) teria comprado 4 ou 5 pares de calçado diferentes na sua curta existência.

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